PERGUNTAS E RESPOSTAS

Qual é a sua dúvida?

Por que não posso jogar a água da chuva na rede de esgoto?

Porque o sistema de esgoto não foi feito para isso. Em dias de muita chuva, esse excesso de água pode fazer o esgoto voltar pelos ralos, causar alagamentos nas ruas, prejudicar a rede coletora e até comprometer o funcionamento da estação de tratamento. Isso pode gerar poluição e colocar a saúde das pessoas em risco. 

Apesar dessa proibição, algumas pessoas fazem esse tipo de ligação irregular e isso pode provocar grandes transtornos. Fezes e dejetos podem aparecer na superfície  em cidades onde há alagamentos, e isso é fator de risco à saúde com perigo de transmissão de doenças.

As redes de águas pluviais e de esgoto se encontram?

Não! As redes são separadas e precisam continuar assim.

Se a água da chuva for misturada com a água do esgoto, problemas sérios podem acontecer, como entupimentos, mau cheiro, retorno de esgoto para dentro de casa e até poluição nos rios. Por isso, nunca se deve ligar a rede de esgoto às tubulações que são de águas pluviais.

É importante saber que nem todos os bairros têm essas infraestruturas completas. Em algumas áreas, as ruas não têm asfalto e faltam tanto a rede de águas pluviais quanto a de esgoto. Nesses locais, muitas casas utilizam fossas sépticas para descartar os dejetos. Embora não seja o ideal, essa é a realidade de muitas comunidades no Brasil.​

No passado, durante o crescimento das cidades, algumas obras foram feitas de forma inadequada, conectando a rede de esgoto à rede de águas pluviais. Isso significa que a água usada nas casas era misturada com a água da chuva, e tudo era despejado em rios e lagoas sem tratamento adequado. Hoje, há muitos municípios corrigindo os erros do passado e limpando esses ambientes, buscando melhorar a qualidade da água e preservar a natureza.​

O que são as águas pluviais?

“Águas pluviais” é o nome que se dá à água da chuva.  Sabe quando chove e a água escorre do telhado, passa pela calha e some por aqueles bueiros na rua? 

Então, essa água da chuva vai por outro caminho: ela escorre por tubulações próprias e até chegar em rios, córregos ou infiltrar no solo.

Essas tubulações de água da chuva não são as mesmas da rede de esgoto, viu? Cada uma tem sua função! E também é sua responsabilidade fazer o projeto e a obra para instalar calhas em telhas, ralos e canos no quintal se for calçado para que a água da chuva caia diretamente nas ruas em que existem os bueiros e a captação de águas pluviais.

O que é a rede de esgoto?

A rede de esgoto é um conjunto de canos e tubulações que recolhe a água suja que usamos em casa. Isso inclui a água que vai pela pia da cozinha, pia do banheiro, chuveiro, máquina de lavar roupa e também o que sai do vaso sanitário.

Esses canos dentro da sua casa se juntam a outros maiores que ficam embaixo da rua. Toda essa água, já utilizada, é escoada por várias tubulações até chegar a um lugar chamado Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Lá, ela é tratada para tirar sujeiras e produtos químicos antes de ser devolvida à natureza.

E atenção: a responsabilidade de fazer a ligação na rede de esgoto da sua casa até o ramal da rua, é sua!

Você sabia que, na sua casa, existem dois tipos de saída de água?

Sim, é verdade! E muita gente nem imagina que existem a rede de esgoto e a rede de águas pluviais, e que elas são completamente diferentes uma da outra.

Vamos explicar de forma bem simples como tudo isso funciona. Assim, você vai entender por que é tão importante cuidar para que cada tipo de água vá para o lugar certo!

A prefeitura de cada cidade cuida das obras nas ruas, como a instalação de bueiros e da rede de águas pluviais. Esses bueiros são aquelas grades no chão que ajudam a captar e escoar a água da chuva, evitando alagamentos. 

Já as empresas de saneamento são responsáveis por instalar e manter a rede de esgoto nas ruas, além de operar as estações de tratamento. Elas garantem que a água utilizada na cozinha, nas máquinas de lavar, nas pias e nos banheiros das casas seja coletada e tratada corretamente antes de voltar para a natureza.

O que é saneamento básico?

Segundo a ONU, a Organização das Nações Unidas, é um direito humano essencial, ou seja, todos devem ter acesso. Na legislação brasileira, o saneamento básico é definido por lei como um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações necessárias para promover a saúde pública, proteger o meio ambiente e assegurar a qualidade de vida da população (Lei Federal nº 11.445/2007). 

Ainda de acordo com a legislação, o saneamento é composto por quatro componentes principais:

  • Abastecimento de Água 

Disponibilização e manutenção de infraestruturas para abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações em casas e prédios, bem como seus instrumentos de medição.

  • Esgotamento Sanitário

Coleta, transporte, tratamento e disposição adequada de esgotos sanitários, desde ligações prediais até sua destinação para reuso ou lançamento ambientalmente correto.

  • Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Coleta, varrição, asseio, transporte, tratamento e destinação adequada de resíduos domiciliares e de limpeza urbana.

  • Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Drenagem de águas pluviais, transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, além da limpeza e a fiscalização preventiva das redes. 

Apesar das definições, no Brasil, quando se fala em saneamento básico, é comum estar se referindo à água e ao esgoto tratados. As questões de limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais de forma separada.

Quais as diferenças entre água tratada, água potável e água mineral?

É comum o uso dos termos potável, tratada e mineral como sinônimos, mas isso nem sempre é correto, veja:

  • Água tratada 

Como explicado acima, é a água apropriada para o consumo humano, que depois de retirada de fontes naturais, passa por processos de tratamento físicos, químicos e biológicos para remover impurezas e microrganismos que possam causar danos à saúde do nosso organismo. 

  • Água potável 

Também está em condições ideais para beber, mesmo que, em alguns casos raros, já saia assim da fonte, sem precisar passar por processo de tratamento. 

  • Água mineral

É natural, rica em sais minerais e retirada de fontes específicas. Pode ter propriedades terapêuticas e tal medida é definida, no Brasil, pelo Código de Águas Minerais (Decreto-lei nº 7841 de 8 de agosto de 1945). De acordo com esse dispositivo legal, as águas minerais têm ação medicamentosa devido à sua composição. Importante: nem toda água mineral é própria para o consumo.

Quais as principais fontes de água?

A água usada no nosso dia a dia vem principalmente da natureza. As fontes mais comuns são:

  • Rios e canais superficiais

Rios, córregos e riachos, enfim, os cursos d’água são importantes fontes de água utilizadas para o abastecimento.

  • Lagos, lagoas e outros reservatórios naturais. 

Os corpos da água encontrados na natureza como lagos, lagoas e represas também são importantes fontes de água para o abastecimento. 

  • Aquíferos

As reservas subterrâneas de água, chamadas de aquíferos, constituem fontes de água potável. Em locais de clima seco e árido,os aquíferos são muito importantes para a obtenção de água para o consumo, muitas vezes sendo a única fonte viável.

Essas fontes precisam ser protegidas. Mesmo parecendo limpas, a água pode estar contaminada e deve sempre ser tratada antes do uso.

Como a água é tratada?

Para que a água possa ser consumida de maneira segura, ela deve passar por uma série de etapas de tratamento antes da sua distribuição pela rede de abastecimento. Entre os principais estão: 

  • Captação e adução

Retirada da fonte e transporte até as estações de tratamento de água, conhecidas também pela sigla ETA, onde acontecerá todo o processo de tratamento.

  • Coagulação

Adição de produtos que aglutinam as impurezas.

  • Floculação

A água é lentamente agitada para que as impurezas maiores e mais pesadas formem flocos e possam ser removidas na etapa seguinte.

  • Decantação

Chamada também de sedimentação, separa os flocos de impurezas, que se depositam no fundo dos tanques como lodo e são descartados.

  • Filtração

A água que foi separada do lodo passa pelo filtro feito de camadas de cascalho, areia e carvão, que farão a filtragem das impurezas restantes na água.

  • Desinfecção

Uso de cloro ou de outros elementos químicos e físicos que serão responsáveis por eliminar microorganismos. Em alguns casos, é feita a correção do pH da água entre a filtração e a desinfecção.

  • Fluoretação

Adição de flúor para proteger contra as cáries. Após essa etapa, a água vai para reservatórios até ser distribuída aos moradores.

O que acontece depois que a água é usada?

Depois que usamos a água no banho, na descarga, lavando louça ou roupas, ela se transforma em esgoto e carrega sujeira, restos de comida, sabão, produtos de limpeza e até microrganismos que podem contaminar rios, lagos e o solo. Por isso, ele precisa ser tratado antes de voltar ao meio ambiente, para não causar poluição e nem transmitir doenças.

Esse esgoto é levado por tubulações até uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde passa por várias etapas para retirar os poluentes e separar a parte sólida da líquida. A água tratada pode então ser devolvida à natureza em condições seguras. Em algumas regiões, parte dessa água é até reaproveitada em processos industriais ou limpeza urbana — sem uso para consumo humano, claro.

Tratar o esgoto é essencial para garantir rios limpos, evitar enchentes, preservar a vida aquática e proteger a saúde das pessoas.

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