Quatro problemas gerados pelo saneamento inadequado no Brasil

A falta de saneamento básico adequado no Brasil acarreta diversas consequências negativas para a sociedade. Primeiramente, há um aumento significativo na incidência de doenças, como leptospirose, disenteria bacteriana, esquistossomose, febre tifoide, cólera e parasitoses. Essas enfermidades estão diretamente relacionadas à destinação inadequada do lixo e à falta de tratamento de água e esgoto, expondo a população a patógenos perigosos. Em segundo lugar, ocorre um aumento na mortalidade, especialmente entre crianças menores de cinco anos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 88% das mortes por diarreia no mundo são causadas por saneamento inadequado, resultando em aproximadamente 1,5 milhão de óbitos infantis anuais. No Brasil, entre 2000 e 2015, foram registradas 72 mil mortes relacionadas a doenças diarreicas. Além disso, o sistema público de saúde enfrenta impactos negativos significativos. No primeiro trimestre de 2020, foram gastos R$ 16 milhões com mais de 41 mil internações decorrentes de patologias relacionadas ao saneamento inadequado, ocupando 4,2% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Por fim, a ausência de saneamento adequado dificulta o combate a pandemias, como a da covid-19, uma vez que a falta de infraestrutura sanitária adequada compromete medidas básicas de higiene e prevenção.

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